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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Nova interrupção de energia elétrica provoca morte de milhares de frangos


Publicado em: 04/02/2014 - 09:51 | Atualizado em: 04/02/2014 - 09:52
Os frangos mortos na propriedade da família Cogo.
Interrupção no fornecimento de energia elétrica pela Copel, sábado, dia 1º, provocou a morte de aproximadamente 150 mil frangos, segundo estimativa dos próprios produtores. O problema já tinha sido registrado dia 21 de janeiro nas comunidades de Barra do Lageado e Lambedor, quando 100 mil aves morreram em função do calor.
O vice-prefeito Antenor Pedro Cogo (PSDB), que também é avicultor, disse ao JdeB que o desligamento ocorreu no sábado, das 14h30 às 18h30. Só nos aviários da família, a perda estimada é de 30 mil aves. "Mas na região pode passar de 150 mil frangos que morreram em virtude do calor. A interrupção tinha sido avisada pela Copel. Parece que uma árvore bateu nos fios e acabou estourando um cabo, só que houve muita demora pra fazer a manutenção."
Na opinião dele, a Copel tem que ser mais ágil, estar preparada para não deixar que isso aconteça, porque vem trazendo um grande prejuízo aos produtores. Antenor disse que pretende reunir produtores e lideranças locais para ir até a superintendência da Copel e pedir uma explicação. "Nosso agricultor hoje sofre tanto para produzir e quando está quase na hora da entrega, de colher os frutos do seu trabalho, acaba vendo se perder tudo. A responsabilidade é deles e vão ter que explicar o porquê disso", entende Cogo.
O agricultor Jonas Esser perdeu em torno de 1.500 aves. Segundo ele, todas estavam com 23 dias, pesando em média 1,200 quilo. Mais cinco dias e seriam encaminhadas para o frigorífico. "A gente desanima um pouco, ver os frangos prontos para entregar e em poucas horas se perder, mas não dá pra abaixar a cabeça. Os avicultores devem se organizar e ver o que vão fazer nos próximos dias."
Há registros de perdas nas comunidades de Bananal, Pintangueira, Lambedor e Barra do Lageado, entre outras.
O produtor Élvio de Lima conta que demorou duas horas para as aves começarem morrer a partir da falta de energia. "Assim que faltou luz, os aviários foram abertos, mas era muito quente. Os frangos iam se amontoando e morriam, não tinha o que fazer", lamenta. Ele comentou que mais aves deveriam morrer ao longo de domingo e segunda-feira, porque a falta de ventilação deixou sequelas no organismo. Élvio relata que ele e outras pessoas trabalharam a noite toda para retirar as aves que morreram. "Tiramos pra fora e depois puxamos com o trator numa plataforma." O produtor acredita que, enquanto os avicultores não se reunirem e irem juntos pressionar a Copel, o problema não será resolvido.
A Prefeitura disponibilizou máquinas para fazer as valas onde seriam enterradas as aves mortas. Na manhã de domingo, Élvio estava aguardando a chegada das máquinas para enterrar os frangos mortos. O JdeB tentou contato por celular, ontem, com a diretora do Departamento de Agricultura, Margarete Preilliper, mas a ligação não completou.

Clima de revolta em Verê
Segundo Adelir Reguelin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, morreram muitas aves no município. "De 30 a 40 mil, pelo que eu fiquei sabendo", afirma. No entanto, ele não tinha mais informações de outros avicultores que tiveram problemas. Adelir diz que há uma revolta no meio rural, alegando que "nos últimos tempos tem faltado muita energia; já não é a primeira vez". O líder sindical acrescenta que "o pessoal tá revoltado e pensando em fazer um manifesto ou abaixo-assinado".
Fonte: http://www.jornaldebeltrao.com.br/












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