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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

VEP conta com entidades para amenizar caos na cadeia pública de Guarapuava

Juíza da Vara de Execuções Penais, Patrícia Roque Carbonieri, destacou a participação de conselhos do município para angariar recursos financeiros

 

Um pedido do Conselho da Comunidade de Guarapuava resultou na aquisição de uma verba de R$ 16,8 mil, que será utilizada na carceragem da 14ª SDP. O projeto, intitulado “Cadeia Pública sob nova perspectiva”, foi aprovado pela Justiça Federal, que vai repassar os recursos provenientes de prestações pecuniárias. O dinheiro será empregado para a reforma de uma sala, onde os presos poderão trabalhar.
As obras, coordenadas pela Vara de Execuções Penais de Guarapuava, já começaram e devem ser finalizadas no mês de abril. Além da correção de problemas de encanamento, são realizadas a construção de um telhado, a troca do piso e a colocação de mesas e utensílios. A sala – que era praticamente inutilizada – pode ser o primeiro passo para que os presos da 14ª tenham cursos e trabalhos a fazer, visando à remissão de pena.
Segundo a juíza da VEP de Guarapuava, Patrícia Roque Carbonieri, uma máquina de fazer pão, que estava parada na PIG, deve ser instalada no local. Os detentos trabalhariam na realização do seu próprio alimento, tornando desnecessária a compra por meio de contratos de fornecimento.
“Hoje, não há estrutura para que o preso da cadeia pública possa trabalhar. Tínhamos empresas interessadas em levar projetos lá para dentro, mas elas esbarravam na falta de espaço. O que estamos fazendo com essa verba é preparar um local para que, em breve, sejam colocados em prática projetos de estudo e trabalho aos presos”, disse.
Atualmente, 35 homens trabalham em serviços de limpeza ou artesanato para remirem suas penas. Duas mulheres ajudam na cozinha. A ideia é que, com a nova sala, mais presos possam cumprir suas sentenças de maneira digna. “Além dessa fabricação de pães, queremos levar cursos de culinária e mecânica aos presos, mas ainda dependemos do interesse de empresas”, contou a juíza.
Diante da carência de recursos e projetos do Estado, Patrícia destacou a importante participação de entidades municipais para melhorar a situação da 14ª. “Nós temos de contar com a população e com os conselhos da Comunidade e de Segurança [Conseg] para tentar fazer alguma coisa”, revelou.
Fonte:  Diário de Guarapuava desta sexta-feira, 14.

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